Os consumidores estão cada vez mais exigentes, não apenas no que diz respeito à qualidade dos produtos, mas também à aparência, às informações disponibilizadas e à praticidade.

Nesse novo cenário, talvez uma das perguntas mais frequentes seja: qual a percepção que o cliente tem da minha empresa, dos meus produtos ou dos serviços que ofereço? Para respondê-la, é preciso entender e analisar a importância de um bom programa de design como um diferencial competitivo para as organizações nos dias atuais.

Uma boa identidade visual reflete o profissionalismo de uma corporação. Se ela não se dá nem ao trabalho de ter um bom material institucional, o que garante que entregará um serviço profissional e de qualidade?
Obviamente um material de qualidade não garante a venda, mas faz muita diferença na hora de mostrar que valoriza a qualidade em tudo que faz.

Uma boa identidade visual não é apenas um logotipo ou um símbolo bonito. É todo um conjunto de aplicações que visa transmitir para os consumidores e para o mercado a personalidade da empresa. Logotipo, papelaria, uniformes, embalagens, sinalização, projetos de fachada, peças fundamentais na criação de uma identidade visual única e coerente com a cultura da organização.

“As empresas começam a compreender que os consumidores sempre irão formar em suas mentes uma percepção com relação a elas. Logo, é aconselhável que esta imagem seja planejada, analisada e desenvolvida por profissionais competentes. Assim como uma estratégia comercial é essencial para vender um produto, um programa de identidade visual bem estruturado tem o poder de vender de forma positiva e estratégica os conceitos e valores desta empresa junto ao público”, ressalta Luciana Balbinot, diretora da Comunik Comunicação Integrada.

É aconselhável desenvolver um novo projeto de identidade visual:
– Na abertura de uma nova empresa;
– Quando a empresa não tem identidade visual definida;
– Quando a atual imagem visual não mais agrada;
– Quando não transmite mais as mudanças pelas quais passou a organização.

“Muitas empresas possuem receios em alterar seu logotipo. Muitas vezes elas já mudaram serviços, alteraram posicionamento de marca, mas continuam com um design de marca ultrapassado.“ O reposicionamento da marca, geralmente pede alterações também na aparência. Alguns logotipos muito antigos são obrigados a passar por um processo de rejuvenescimento, e um caso típico é o da concha da Shell, que mudou várias vezes ao longo das décadas, ressalta Sarah Holandar, diretora de arte da agência.

E também complementa: “Como muitos de nossos clientes, possuem relações comerciais com outros países, procuramos tomar muito cuidado com os aspectos culturais, incluindo seu significado e cores utilizadas. Um logotipo que lembre uma estrela de seis pontas pode ter dificuldade para ser aceita em alguns países do Oriente Médio por lembrar a Estrela de Davi da bandeira de Israel. Precisamos também ter cuidados com as formas desenvolvidas, evitando as interpretações de duplo sentido.”
“A identidade é importante para definirmos claramente com quem estamos nos relacionando. Quando entramos em uma agência bancária, independente da região em que está localizada, percebemos que a disposição de todos os elementos é praticamente a mesma. Se analisarmos os folhetos, veremos que há a utilização de uma única linguagem. Enfim, todas as peças e sistemas necessários para cada empresa, produto ou serviço devem seguir a mesma identidade visual, para que a sua marca seja reconhecida e possa se firmar no mundo tão repleto de formas e imagens em que vivemos”, conclui Sarah Holanda, diretora de arte da agência.